Eventos Públicos
Amigos da Vida – Moçambique
Introdução
O sofrimento é uma ilusão
A Conexão
Basta de realidade…queremos utopia
Foste enganado
Um mundo novo
Dizem que vem do futuro, será certo?
Não há barreiras
Let’s do it. Podemos e vamos fazê-lo
Avançando
Acelerando
“O Sofrimento é uma Ilusão”
Parece razoável e até aceitável dizer que algum sofrimento não seja necessário ou não muito real. Esta afirmação faz parte da linguagem comum. Costuma-se dizer que “não vale a pena sofrer ou preocupar-se por algo”, ou, “com isso não se ganha nada”, ou também, “nós próprios criamos os nossos problemas”.
Mas dizer que todo o sofrimento é ilusório não é razoável, nem é aceitável. Menos ainda se dissermos que se pode assim sem mais soltar isso que chamamos sofrimento. No entanto, isso é o que vamos fazer hoje mesmo.
Antes de ter esta experiência de soltar o sofrimento, clarifiquemos um pouco o que engloba este conceito, sofrimento…, ver as suas manifestações e as suas aparentes causas.
Claro, o sofrimento é uma palavra que usamos para englobar muitas coisas. Por exemplo, sentir medo, ou ter preocupações, sentir raiva, sentir-se deprimido (muito de moda hoje em dia), ou também algo mais sério como sentir que nada tem sentido na vida, e por certo, sentir solidão.
A raiz de todo o sofrimento parece que sempre está no medo de perder algo. Por exemplo, perder os amigos, os seres queridos, ou também o dinheiro ou o trabalho, e claro, perder a saúde, e também conhecemos a sensação de quando não somos reconhecidos, ou o medo de perder a imagem de si próprio.
Sofre-se pelo que se teme perder…aquilo que temos…trabalho, dinheiro, amigos, amores, a imagem; ou também por aquilo que já se perdeu, como oportunidades ou pessoas; ou pelo que se teme perder a futuro, ou pelo que se teme não alcançar…aí está o medo da solidão, do desconhecido, da doença, e por certo o medo da morte.
Todos estes medos têm a ver com o medo de desaparecer, com o medo de perder o nosso “eu”, que engloba tudo o que somos, fomos ou imaginamos que seremos.
Parece também que na raiz de todo o sofrimento se encontra a possessão…de coisas, de pessoas, de ideias, e claro, do nosso próprio “eu”.
O oposto ao medo parece ser a fé…em si mesmo, nos outros e na vida, aqui e no futuro e talvez ainda mais além.
É fácil verificar esta afirmação se cada um pensa sobre a sua própria vida. Verá que quando sofremos se perdia a fé. E quando nos sentíamos fantásticos, tínhamos muita fé, em particular nas possibilidades futuras.
E que mais podemos dizer sobre as aparentes causas dos sofrimento? Bom, parece que o sofrimento em si é ilusório já que se produz não por aquilo que está a acontecer, mas antes pelo que se acredita que está a acontecer. Ou antes porque acreditamos que algo aconteceu ou não no passado. Ou porque acreditamos que acontecerá ou não no futuro.
Quando Buda disse que o sofrimento era ilusório, disse uma grande verdade. Claro, os efeitos do sofrimento não são nada ilusórios, são bem concretos…os mal estares físicos, as doenças, e até a morte por susto ou tristeza, isso tudo parece muito real. Nem falar dos efeitos sociais, como as diferentes manifestações da violência, até a destruição e as guerras, isso não é nada ilusório.
Toda a crença é uma ilusão, e portanto também aquelas que nos “fazem” sofrer. E como se aborda as crenças que produzem sofrimento? Bom, exactamente da mesma forma que fazemos com outras crenças, estudando-as, vendo e movendo o seu clima, descobrindo a raiz possessiva e vendo o medo de perder no fundo de todas as crenças. (Mais sobre isso se pode lêr no livro 3 da série “Futuro Aberto”, intitulado “…realmente?”).
Também seria bastante útil conhecer, estudar e mover as crenças que temos sobre o sofrimento em geral. Provavelmente nos parece bastante real tal qual nos acontece com alguns sofrimentos concretos.
Outra coisa irreal é ver o sofrimento como algo que nos diz algo sobre o que devemos ou não fazer, quando na verdade o sofrimento é apenas um sinal que aparece quando perdemos fé, quando não avançamos, quando o futuro se fecha. Parece que a solução definitiva é abrir o futuro, completamente.
Quando o sofrimento é forte, sempre nos encontramos com uma contradição onde o desejo de manter algum prazer ou o desejo de alcançar algum prazer joga um papel importante.
Por aí há um princípio que diz “Farás desaparecer os teus conflitos quando os entendas na sua última raiz, não quando os queiras resolver”. Será então que a última raiz alude a isso de compreender o ilusório do conflito, a contradição e a sua relação com a possessão e a falta de fé? Será que teremos que compreender que todo o sofrimento, não importa a sua aparente “causa” se produz porque não nos damos conta que é indiferente a “causa” e quão útil é poder mover esta crença?
Bom, façamos agora uma experiência de mover o sofrimento
EXPERIÊNCIA 1
(Imaginamos um problema que causa sofrimento neste momento. Sentimos em que parte do corpo se manifesta. Agora soltamos completamente e vamos mais para trás, mais para próximo do que de verdade somos…)
Bom, ainda que o sofrimento não seja o que parece, o tomamos a sério somente porque nos diz que temos de abrir o futuro, mas este sinal não tem nenhum outro valor, não é interesante salvo estas indicações.
E como abro o futuro, poderia dizer alguém, uma pregunta bastante razoável. Bom, é justamente nesse campo que nós trabalhamos, os Amigos da Vida, já que o nosso principal objectivo é ver como fazemos para que ese futuro se abra completamente, porque só assim poderemos deixar definitivamente o sofrimento.
Durante a experiência que fizemos, poderias ter chegado a conclusão de que o registro de não sofrimento tem que ver com sentir paz, i.é, sentir-se reconciliado com tudo e todos. Também parece estar ligado a sentir-se forte, com uma força vital que surge sempre quando sabemos muito bem o que estamos fazendo, quando temos fé em nós mesmos e no nosso meio. Finalmente, esta sensação de não sofrer parece ligado a sentir-se alegre, como por exemplo, quando nos sentimos abertos para o futuro, quando o futuro parece prometedor, quando temos fé nas posibilidades futuras. Quando se sente muito bem simplesmente “estando”.
Se é certo de que os registros de paz, força e alegria indicam que não estamos a sofrer, então é óbvio que sofremos quase todo o tempo, às vezes pouco, às vezes mais. Assim, nossa existência quotidiana “normal” quando nos sentimos mais ou menos bem, ou num estado meio neutral, sem tensões ou mal estares evidentes, de todas as formas, já que não sentimos paz, força e alegria, desgraçadamente começamos a suspeitar de que o sofrimento é algo muito maior, muito mais comum do que pensávamos, de que na realidade é um fenómeno aparentemente omnipresente em nossas vidas.
Compreender o sofrimento como uma crença não o fará desaparecer para sempre. Mas ajuda a colocá-lo no seu lugar adequado e será mais fácil operar sobre o mesmo se já pudermos mover o clima desta crença, sem falar se também tivermos trabalhado com o processo de transformação do mesmo. O sofrimento diminue ou desaparece quando solto o “eu”, quando existe a experiência absoluta da transcendência. Mas enquanto isso, uma compreensão da característica ilusória do sofrimento não estaria nada mal.
Outra coisa que aparentemente nos causa sofrimento é a sensação de isolamento, sentindo que estamos separados e somos diferentes dos demais. Com a crença que somos muito diferentes dos outros, então não nos sentimos muito conectados com eles, não nos sentimos muito bem com eles.
Mas, afortunadamente houveram também outros momentos, quando sim sentimos esta conexão e então já não sofremos, pelo contrário, nos sentiamos muito bem com os outros. Vamos agora voltar a esse lugar de conexão, intencionalmente, começando com estar nesse lugar de não sofrer como fizemos antes.
EXPERIÊNCIA 2
( Vamos mais para dentro, sentindo o humano em nós e nos outros)
Passamos um bom momento juntos, e estou sumamente agradecido a vocês que estão aqui, e também a vocês do futuro, esse tu do futuro que não sente sofrimento, e que chamou a ti para estar aqui agora, para começar ou continuar fortemente nesta viagem, na qual cada vez mais se sente mais aliviado desta bagagem que são estas pesadas ilusões, que chamamos sofrimento.
Não me cabe dúvidas que vocês, assim como eu, nos sentimos muito bem agora. O tema é como fazemos para que este sentir seja mais permanente, já que vivemos neste mundo que crê na realidade do sofrimento.
Necessitamos estar em outros âmbitos, pelo menos de vez em quando, onde a gente não crê tanto no sofrimento, gente que está trabalhado para que esta convivência que tivemos agora seja mais frequente para os indivíduos e para os conjuntos sociais.
Que diferente será o meio social se muitos sentem o humano, o comum no outro!
Que diferente será a existência dos indivíduos se muitos se derem conta que o sofrimento é uma ilusão e trabalhem para ter uma vida com muita paz no coração, lançando-se com força e para um futuro brilhante e prometedor, e tudo isso fazendo-o alegremente.
Muito obrigado
Palestra Maputo, 5 de Setembro, 2013
“Buscando sentido num mundo sem sentido”
Tendo uma direcção clara num mundo sem direcção
Em alguns momentos as pessoas sentem que algo falta nas suas vidas. Inclusive quando alcançam os seus objectivos…o diploma, o amor perfeito, dinheiro, poder, o encanto de uma visita num lugar belo, ou os aplausos que um artista recebe depois de um desempenho excepcional…após obter tudo isso, então o vazio e o sem sentido instalam-se.
Para ilustrar isso: recentemente li uma entrevista com um jovem norueguês que subiu a montanha mais alta do mundo, o Monte Everest. Ele disse que uma vez chegado, estando no topo, não se sentiu exultante, estava surpreso que o único que sentiu foi uma sensação de vazio e que nada tinha sentido.
Antes as coisas eram diferentes, porque existiam alguns objectivos sociais no qual todos acreditavam – justiça, igualdade, ou que todos poderiam abraçar o sonho americano e ter tudo.
Agora, cerca de metade dos jovens que estudaram, em muitos países da Europa, estão sem trabalho.
Agora, todos sabem que a situação financeira mundial é instável, na melhor das hipóteses muito débil.
Agora, parece que os que são ricos somente querem tornar-se mais ricos, não importando a que custo social seja. E os governos não tem um objectivo social forte. Pelo contrário, parece que somente estão conseguindo apagar incêndios.
Sendo esta uma descrição verdadeira da situação mundial ou não, parece que a sensação que as pessoas tem é de que o seu futuro é, na melhor das hipóteses, incerto, e sentem que os que estão no poder não se importam realmente com as massas.
Talvez tenha sido sempre assim duma forma ou outra, mas as pessoas não estavam conscientes disso, e tinham a ilusão de que as coisas eram diferentes. Agora, com toda a imprensa e informação, as pessoas sabem algo sobre o que realmente está a acontecer. Como, eles sabem que o que é gasto em um ano comprando armas é suficiente para alimentar a todos os que sofrem de fome no mundo e erradicar esta coisa vergonhosa que se chama fome.
Aqui, no nosso belo e rico país, ainda existem crianças que não vão a escolas, existe um alto índice de analfabetismo adulto e um sistema de saúde que deixa muito a desejar. Esta situação poderia mudar rapidamente? Claro que sim, com um objectivo claro de fazê-lo, uma clara direcção de mudar esta situação. Poderia ser feito porque o analfabetismo da mesma magnitude que vocês tem aqui foi drasticamente reduzido num curto período de tempo em outros países, onde houve uma clara e profunda intenção de fazê-lo.
Hoje, muitas pessoas no mundo sentem que estão sendo levados por uma corrente social que parece não ter uma direcção clara.
No entanto, para todos e cada um de nós esta situação não é aceitável, porque nós precisamos ter uma clara direcção para funcionarmos bem.
Porque é tão importante ter uma clara direcção na vida? Um atleta que corre uma certa distância sabe que a sua corrida será interrompida se não souber para onde vai. Uma empresa sabe que se não tiver claro para onde vai, ou porquê, então todas as suas actividades irão diminuir, e muito frequentemente aspectos secundários receberão muita atenção, porque não está claro o que é primário, e isto só pode ser feito numa estratégia global onde está claro para onde a empresa se dirige.
Ou um estudante não irá aplicar muito esforço em certas matérias de uma disciplina se não estiver claro o que são e como se conectam com os requerimentos gerais do curso, ou para obtenção dum diploma. E muitas sociedades perdem força porque não está claro para onde vão, e as consequências são quase uma desconexão completa dos governantes com a maior parte da população. Não existe um objectivo comum, então tensões sociais amontoam-se acompanhado da aceitação tácita de todos os tipos de contradições sociais.
Para nós, como indivíduos, ter uma clara direcção ajuda-nos a ordenar as nossas prioridades e a não perder tempo e energia em coisas secundárias, e esta direcção dá-nos uma força incrível.
Então, a questão é como podemos ter uma clara direcção na vida, uma que vá mais além de todas as variações, ainda que atinjamos ou não os nossos objectivos?
Com certeza que todos nós temos algo que queremos alcançar – o diploma, o trabalho, a família – e ter esses objectivos faz-nos mover-nos, ainda sob a ilusão de que quando atingirmos esses objectivos nos sentiremos preenchidos e felizes, e que tal felicidade durará para sempre.
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Bem, assim como o norueguês no topo do Everest não se sentiu feliz e com um sentido de uma existência significativa, possivelmente nós tampouco sentiremos.
Então, necessitamos uma direcção, um sentido, que não esteja dependente de objectivos temporários, tampouco do que esteja a acontecer no nosso meio social sem direcção.
Então, a questão lógica a fazer é a seguinte, bem, o que devemos fazer com as nossas vidas? Na Introdução do livro „O que importa realmente“ esta questão é tratada. Diz-se assim: „Quem ou o que te dirá o que fazer? Um livro, um amigo ou um sábio? A melhor fonte terá que ser encontrada a partir da tua própria experiência de vida. Tudo o que tens a fazer é observar aquilo que tens tentado fazer durante a tua vida.
Não é certo que tens lutado pela felicidade, para sentires-te bem, radiante, ter uma motivação forte? E quando te sentiste assim? Provavelmente quando tudo te pareceu possível, quando o futuro estava radiante e aberto, e promissor também. E quando te sentiste mal? Não foi quando te preocupaste pelo futuro, quando te pareceu vago, difícil, perigoso ou ainda quando nem sequer te apetecia encará-lo?
Não é óbvio que tens tentado manter o futuro aberto? Então algo que precisas fazer é certificares-te de que o teu futuro seja completamente aberto.”
Parece que gostariamos de abrir o futuro completamente, mais além da nossa desaparição física, ver um futuro interminável. Não um futuro que vem e pára, e torna tudo o que fazemos e dizemos sem sentido. Ou como um homem muito bom, Silo, fundador do Humanismo Universalista, disse no seu livro, O Olhar Interior, „A vida não tem sentido se tudo termina com a morte“.
Além de abrir o nosso futuro parece que temos que ter em conta que somos parte de uma espécie chamada humanidade que está tentando tornar-se cada vez mais desperta. Nós provavelmente sentimos esta necessidade evolutiva dentro de nós, este potencial, este desejo de ter mais controle sobre nós mesmos e o nosso meio, este desejo de elevar o nosso nível de consciência.
Vamos ver se podemos fazê-lo agora, elevar o nível de consciência um pouco.
EXPERIÊNCIA
Então, nós temos pelo menos estas duas coisas para trabalhar e isto nos dará um sentido. Isto é, tentar ter um futuro cada vez mais aberto e estar mais desperto.
Até agora, provavelmente os nossos pensamentos e consequentes acções tem ido para assuntos de importância secundária: obter coisas materiais, prestígio e prazeres, e lidar com o nosso próprio sofrimento e dos demais. Essa direcção leva-nos a lado
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algum, torna-nos frustrados quando não alcançamos os nossos objectivos ou uma sensação de vazio, como o norueguês, quando o alcançamos.
Nós podemos mudar essa direcção se quisermos, ou podemos continuar no mesmo caminho sem sentido, como temos vindo a fazer até ao momento.
Contudo, tendo uma direcção mais permanente e essencial é muito mais gratificante e agradável.
Então, vamos ver se podemos experimentá-la.
( Experiência da direcção na vida)
E tem algo mais que podemos fazer?
Mais uma vez, examinando as nossas vidas podemos ver o que é, então continuamos a ler do livro:
“E que mais deveríamos fazer? Que mais o nosso ciclo de vida nos revela sobre o que são as coisas mais importantes? Quando foi que nos sentimos mais felizes? Quando recebemos presentes, ou quando alguém nos deu uma palmadinha nas costas? Ou quando cumprimos um objectivo, ou quando vimos uma bela paisagem? Parece que os momentos mais intensos na nossa vida são aqueles raros momentos, quando nos entregamos sem esperar algo em troca, e que gostaríamos de voltar a repeti-los uma e outra vez…Aqueles foram momentos em que nos sentimos vivos, que estávamos a crescer, não foi assim?
Talvez nos preocupamos tanto com os outros porque, bem lá no fundo, não somos tão diferentes dos outros, é quase como se eles fossem parte de nós. Quando nos sentimos o mesmo, não nos sentimos isolados ou presos no nosso mundo…sentimos como se estivessemos avançando.”
Vamos ver se conseguimos sentir este outra parte de nós.
Experiência do humano
Todas estas coisamos que tocamos e experimentamos hoje são muito interessantes e provavelmente satisfatórias, mas para que sejam uma parte da nossa existência diária teremos de praticá-las até que se tornem parte integrante de nós
Actualmente o nosso meio social não é muito favorável, não coloca muito ênfase no que importa realmente. Esperemos que isto mude brevemente, e tal ocorrerá quando houver um número suficiente de pessoas que sintam e trabalhem no que fizemos hoje aqui.
Até que isso aconteça, podemos querer estar na companhia daqueles que também estão praticando activamente, fazendo com que isto se torne uma realidade para eles e aqueles que os rodeiam. E um dia muitos vão dizer: “Minha vida é extremamente significativa e eu vivo numa sociedade que tem uma direcção clara, tornando este nosso pequeno planeta um lar aconchegante e maravilhoso, chamado o” Humano”.
Muito obrigado
Maputo, 06 de Novembro de 2013
“A CONEXÃO”
Vivemos num mundo onde há cada vez mais comunicação, mais informação, mais telefones, mais vôos, mais intercâmbio científico, técnico e social.
Mais produtos que circulam pelo mundo, enchendo os supermercados e os shopings com tanta variedade e quantidade, que torna difícil saber que escolher.
E a nível das nações, existe mais conexão formal com a União Europeia expandida, a União Latinoamericana em formação e estreitas relações com os países asiáticos.
Contudo, as pessoas sentem-se cada vez mais des-conectadas, mais isoladas, menos protegidas.
Será isto apenas um problema pessoal de cada um, ou há sinais concretos que fazem com que as pessoas se sintam assim?
Sim, existem em todos os campos. Na Europa, começam a des-enlaçar-se os vínculos dentro dos países. Catalunha, que está em Barcelona, quer ser independente. Também Escócia, e o país onde está a sede das Nações Unidas, Bélgica, está por separar-se em dois países.
O dólar que até ao momento foi a moeda aglutinante a nível mundial não o é mais, já que não só o Euro está substituindo-o mas também as moedas dos países BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China).
Há uma crise concreta no sul da Europa, onde existe um desemprego de 50% entre os jovens. Mas há uma crise financeira latente na maioria dos países, incluso EUA e Japão são super endividados.
Os governos se desconectam dos interesses e das necessidades dos seus povos e preferem salvar a seus bancos em vez deles, cortando serviços de saúde, educação e segurança social.
Os gastos que são feitos anualmente em compra de armas seria mais que suficiente para acabar com a fome no mundo, armas que os governos pagam com impostos das populações.
Com razão que as pessoas sentem que os seus governos não se importam com o bem estar dos povos, mas sim com o bem estar do seu verdadeiro amor, as bancas, os sectores financeiros, os produtores de armas, etc.
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Há cada vez mais desconexão das pessoas com as instituições políticas que se reflectem em cada vez menos participação nas eleições e muita pouca fé nos políticos.
Há desconfiança de outras instituições também, como o Poder Judicial e também nas forças de segurança.
Produzem-se desenlaces nas famílias, entre casais, e até entre amigos.
O pior talvez é que há uma certa falta de conexão com o futuro, que parece obscuro, por vezes ameaçante e em geral, incerto.
Claro, há excepções, indivíduos que observam a manhã com olhos alegres e expectantes, mas em geral existe uma crescente sensação de isolamento, falta de comunicação real, falta de sentido.
A que se deve tudo isto?
Porque há, a cada dia que passa, menos fé nos sistema?
Talvez seja porque se sente que a este sistema não lhe resta muita vida, e por outro lado, não se vislumbra como pode ser de outra maneira.
Então, que solução há?
Começar a ter mais fé neste sistema corrupto, nos políticos ineficazes, em que milagrosamente irão mudar e preocupar-se com os seus povos?
A outra seria começar, aqui e agora, a criar um novo mundo, um mundo mais humano onde nos sentiremos conectados, connosco mesmos, com um futuro brilhante e completamente aberto.
(Experiência de sentir o Humano)
Isto podemos praticá-lo muitas vezes durante todos os dias.
O outro, sentir um futuro completamente aberto, requer que um se re-defina, que não seja somente o que vê no espelho, mas sim algo muito mais, algo que é belíssimo, forte e sábio.
Que não depende tanto deste mundo de desconexão, mas sim do que somos essencialmente, seres livres, fortes, e sim muito conectados connosco mesmos, com outros, com o futuro.
Esta transformação não é somente uma boa intenção, porque acontecerá com ela o mesmo que muitas outras boas intenções – não acontece nada.
Requer um esforço sustido e com gosto.
Com gente que já anda nisto.
Cada um faça a eleição agora mesmo – quer continuar com a crescente sensação de desconexão e isolamento ou já está farto disto e quer o outro, a conexão crescente.
Isto é possível, basta falar com os Amigos da Vida. Eles sabem como fazê-lo, já estão fazendo aqui e em outros países e em pouco tempo por todo o planeta.
Assim que ainda que por agora o mundo pareça não cheio de promessas, logo chegará um momento brilhante, um momento humano.
Não chegará magicamente, mas sim porque será o resultado de um esforço sustido de pessoas que querem viver um futuro assim, para si mesmos, para os seus, para outra gente.
Um esforço feito agora por pessoas como os Amigos da Vida em diferentes países, por pessoas como vocês, como eu.
Palestra Maputo, 09 de Janeiro de 2014
“Basta de Realidade…Queremos Utopia”
Algo cheira mal na Dinamarca diz o príncipe Hamlet na peça de Shakespeare, ao sentir que a grande estabilidade do Império dinamarquês poderia ser ameaçada.
Algo está definitivamente errado no nosso mundo, que está agora à beira de uma guerra global, aparentemente por causa dum evento isolado, relativamente insignificante, em uma pequena península na Europa Oriental. Tudo aparentemente devido à presença de um pequeno grupo que alguns dizem que são soldados russos, na parte mais sul da Ucrânia.
Algo está errado quando todas as superpotências se envolvem, ameaçando sanções económicas entre si, provocando-se uns aos outros e chegando até a considerar acções militares, ampliando o conflito dia após dia, e colocando a segurança do nosso planeta em grande perigo.
Como é possível que, apesar de todo o progresso social, científico e tecnológico ao longo dos séculos e todos os belos discursos de fraternidade e paz, ainda aceitamos o uso de armas para resolver os conflitos? Que ainda consideram a guerra uma possibilidade?
Quando dizemos que estamos contra todas as guerras e que nós gostaríamos de ver um mundo sem armas, somos ditos que não entendemos que às vezes é necessário o uso de armas para defender-se a si e aos interesses nacionais, que é completamente irrealista pensar o contrário, que o que estamos a falar é, na melhor das hipóteses, apenas um sonho utópico.
Nós dizemos, nós não queremos a vossa realidade, que nos pode destruir, nós queremos Utopia.
Esperançosamente, este conflito actual será resolvido nos próximos dias ou semanas.
Ainda assim, apesar deste conflito ser resolvido, as coisas não estão do jeito que deveriam estar no nosso mundo. Há conflitos armados em todo o lugar, e a violência é galopante em todos os lugares.
Este é um mundo onde o que se gasta em armas em um ano daria para alimentar todos os pobres e famintos durante muitos anos, no mundo inteiro.
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Quando dizemos que não precisamos dessas armas porque a melhor defesa é não ter qualquer medo e assim trazer mudanças através de acções não-violentas, somos ditos que não entendemos a natureza humana que é potencialmente violenta, pensar o contrário é irreal, um sonho utópico.
Nós dizemos, nós não queremos a vossa realidade, que só traz aumento da insegurança, apesar de todas as armas e controles de segurança. Nós queremos Utopia!
Em nosso mundo o fosso entre os ricos e os pobres se alarga, onde os que têm, querem mais e mais, em detrimento daqueles que não têm.
Quando dizemos que as riquezas devem ser utilizadas de forma diferente, fazendo com que toda a gente tenha o suficiente materialmente, a fim de viver uma vida boa, com acesso gratuito à educação e à saúde, é-nos dito que esta é uma boa ideia, mas que vai demorar séculos para que isso aconteça, pensar que isso pode acontecer agora é um sonho ingênuo, utópico e irrealista.
Nós dizemos, nós não queremos estas desculpas para o contínuo sofrimento humano por causa da ganância de alguns e a aceitação da exploração e desigualdades. Nós não queremos a vossa realidade. Queremos Utopia!
Sim, queremos a vossa tecnologia e a vossa ciência, nenhuma das quais vocês inventaram sozinhos. O progresso humano é o resultado das contribuições positivas de muitos ao longo dos séculos, não de algo que caiu nos vossos braços. Mas nós não queremos a vossa ganância, o vosso egocentrismo, a vossa loucura e a vossa falta de respeito para com os outros seres humanos.
Aqui neste belo país e potencialmente rico, a crescente riqueza vai para uma pequena minoria, enquanto apenas 20 porcento das crianças vão para a escola secundária, o analfabetismo adulto é quase de 50 porcento e a pobreza é muito presente.
Quando dizemos que as riquezas pertencem ao povo, portanto, deveriam ser melhor distribuídas, e que não devemos aceitar esta situação injusta, eles dizem que as desigualdades sempre existiram e estão em toda parte. E pensar que a situação aqui em Moçambique pode mudar rapidamente é simultaneamente um sonho irrealístico e utópico.
Nós dizemos, nós não queremos a vossa realidade e nós sabemos que quando numerosos Moçambicanos também não quiserem, então a nossa Utopia será uma realidade.
Neste mundo, presume-se que a felicidade e a alegria são fenômenos que acontecem somente às vezes e que o sofrimento mental é uma condição humana.
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Quando dizemos que o ser humano é feito para funcionar bem e que o sofrimento é uma ilusão criada por nossas mentes e que podemos ser felizes e alegres a maior parte do tempo, eles dizem que somos tolos. Basta olhar para a realidade, as pessoas sempre sofreram e sempre sofrerão nos momentos em que as coisas não estão bem. E pensar que podemos viver sem sofrimento é, um disparate completo e mais um sonho utópico.
Nós dizemos, nós não queremos a vossa realidade primitiva que degrada o nosso potencial humano, nós queremos a nossa utopia.
Neste mundo, aceita-se que somos todos diferentes e que estamos separados, de uma forma ou de outra .. baseado em nacionalidades, religião e culturas, e que é mormal que conflitos ocorram entre estes grupos diferentes.
Quando dizemos que somos todos iguais, fazendo parte de um mesmo corpo, a humanidade, eles dizem que em teoria, isso soa bem, mas na realidade as pessoas cuidam de seus próprios interesses pessoais e do seu grupo. Pensar que nos podemos sentir parte de um mesmo corpo e realmente sentir e tratar o outro como outra parte de nós, só acontece em romances e sonhos utópicos.
Nós não queremos a vossa realidade que enfatiza o que nos torna diferentes, fomentando assim a discriminação e a violência, queremos a nossa utopia.
Nós queremo-la agora, não amanhã … Então, vamos ver se nos podemos sentir parte desse corpo, se podemos sentir o humano em nós e nos outros.
(Voluntário, demonstração, experiência).
Queremos ir ainda mais longe do que isso, nós queremos conectar com o nosso futuro sem limites, um futuro para além da nossa morte física inevitável. Queremos ser capazes de experimentar este futuro completamente aberto porque só assim é que vamos perder todo o medo, esse medo que está na raiz de toda a violência e infelicidade no nosso mundo.
Eles dizem que isto não é possível, na melhor das hipóteses tu podes acreditar em vida após a morte, mas a experiência da transcendência, isto é utopia absoluta.
Nós dizemos, nós não queremos a vossa realidade. Não só essa crença é responsável pela forma como as coisas estão hoje, socialmente e na vida dos indivíduos porque nos mantém nas garras do medo, mas também degrada o ser humano e suas possibilidades. Nós queremos a nossa utopia e nós sabemos que podemos ser destemidos e ter um futuro aberto, ter uma experiência transcendental porque fomos feitos para isso.
É claro que para tudo isso acontecer, temos de fazer algo para que nossa utopia se transorme numa realidade. Assim como não era suficiente querer voar para que isso acontecesse … alguém teve que tomar a decisão de fazer todo o possível para fazê-lo .. saber tudo que tem que ver com voar , ter a tecnologia certa para construir um avião e a perseverança para fazer todo o possível para um dia voar pelos céus.
Da mesma forma que temos de construir a nossa Utopia … nós mesmos e ao nosso redor. Vai acontecer quando decidirmos por nós mesmos que não há nada mais importante nas nossas vidas do que fazer isso acontecer para nós e essas outras partes do nosso corpo humano, os outros. Quando soubermos como fazê-lo, quando tivermos os métodos certos e quando trabalharmos de forma consistente nessa direcção.
Ela vai acontecer no mundo quando houver um número suficiente de pessoas que trabalham nessa direcção.
Isso vai acontecer em breve, porque já há muitas pessoas a trabalhar nesse sentido. Em um ano mais ou menos, 600 pessoas de Moçambique que terão experimentado este futuro aberto através do processo completo dos Amigos da Vida vão para 600 lugares do mundo, compartilhar com os outros o que exeprimentaram. Um pouco mais tarde, centenas mais de outros países como Quénia, Espanha, Chile e Islândia vão também viajar pelo mundo, fazendo a mesma coisa. Ainda bem que isso vai acontecer em breve, pois não podemos deixar que o destino da humanidade continue por mais tempo nas mãos dos que não entendem o que a palavra Humano significa. Temos fé que este presente conflito será resolvido, mas vamos certificar que não haverão outras repetições da mesma natureza.
Vamos imaginar como esta Utopia será.
(Exercício: ver o futuro e trazê-lo aqui)
Tu agora tens uma alternativa: ou continuas com a tua vida presente e escolhes a realidade deles ou decides agora que já chega, eu quero Utopia. É provável que muitos tomem essa decisão agora, porque lá no fundo todos nós queremos que esta utopia se torne uma realidade.
Palestra Maputo,06 de Março, 2014
“Foste Enganado“
Se eu e tu fossemos falar com toda a honestidade, de coração para coração, o que dirias tu sobre o que te faz feliz, completo…que objectivos gostarias de alcançar, como gostarias que a vida fosse?
Poderias dizer que gostarias de ser forte e saudável, encontrar alguém para amar ou amar aqueles que já encontraste. Poderias também querer muitos amigos bons e uma família amável. Sem dúvidas quererias ter um emprego recompensador e um bom salário, ter dinheiro suficiente e suficiente conforto que supostamente é tão importante ter. E, claro, gostarias de ser respeitado e admirado pelo que és e pelo que fazes
Se então eu te perguntasse, com toda honestidade: “achas que, se tivesses todas essas coisas, estarias satisfeito, alegre e feliz? “, tu provavelmente me dirias: “sim“
Então eu perguntaria: “achas que as pessoas que têm todas essas coisas são felizes? Aqueles que têm dinheiro, poder e prestígio? Todos aqueles que têm famílias? Todos aqueles que são saudáveis e fortes”?
Tu provavelmente hesitarias na tua resposta, reflectirias de alguma forma sobre a questão, e então, já que estamos sendo sinceros, um com o outro, provavelmente me dirias: “bem, parece não ser esse o caso”
O que acontece com o actor que procura aprovação pelo seu desempenho e recebe uma ovação de pé…o que ele sente assim que se encontra no seu camarim? Ele (provavelmente) olha para o espelho, sente-se vazio, drenado e pode perguntar para si mesmo: “porque estou fazendo tudo isto? “
O que acontece quando obtemos o que queremos, seja isso, uma graduação, o emprego desejado, o (a) parceiro (a) perfeito (a) ou o fantástico lugar a volta daquela praia perfeita, é que por um breve momento sentimos algum contentamento, como depois de uma deliciosa refeição, mas cedo, aquela sensação desaparece e de alguma forma nos sentimos desapontados, porque esperávamos algo mais, ou ao menos que a sensação durasse mais tempo. Então procuramos por outro emprego , outro parceiro ou algo para preencher o vazio, algum objectivo provisório para compensar a falta de uma direcção forte e permanente na vida.
O que acontece quando não alcançamos o que queremos alcançar? Sentimo-nos frustrados, desapontados ou mesmo, de alguma forma deprimidos.
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Então, ou alcançamos o que pretendemos e temos a sensação de vazio, falta de sentido ou sentimo-nos frustrados se não alcançamos o que queremos alcançar
Uma vez, eu estava jantando com um casal amigo em um restaurante e depois de alguns copos (álcool), o marido disse: “o que foi que eu fiz de errado? Eu fiz tudo o que era suposto fazer para que a minha família se sentisse bem. Tenho a minha própria empresa, tenho mais dinheiro que o suficiente, uma casa grande e bonita e mesmo uma lancha veloz. No entanto, o meu filho é um viciado em drogas e a minha filha não fala comigo. Nos serões, eu me sento sozinho na grande sala de estar, vendo televisão e ela, a minha esposa, esta lá em baixo, sozinha, costurando ou fazendo algo parecido. O que foi que fiz de errado”?
“Está tudo bem, meu querido” – disse a esposa – “Bebe mais um copo e vamos viajar um pouco mais. Tudo ficará bem“
Mais tarde, ele disse-me que sentia que tinha sido enganado…lhe tinham feito acreditar que se fizesse todas aquelas coisas correctamente, ele se sentiria maravilhosamente.
Parece que as cartas foram lançadas, que fomos levados a acreditar em algo que não é exactamente verdade
Mas quem está enganando a quem, mesmo? Parece que as pessoas no topo da pirâmide, os poderosos e ricos, também foram enganados, porque não parecem mais felizes que o resto.
Parece que todos nós estamos a fazer algo errado.
Claro que caminhamos pela vida com objectivos provisórios uns atrás dos outros, procurando pelo próximo evento, sejam eles as férias, aniversários, casamentos, baptismos…trabalhando árduamente para fazer a vida, cuidando dos nossos filhos e depois os filhos deles, até que estejamos sozinhos outra vez, naquele final sobre o qual preferiríamos não pensar.
Parece que estamos a fazer algo fundamentalmente errado, já que, independentemente do que façamos, ainda nos sentimos presos naquele sentimento de que algo falta.
É como esperar que o carro se mova para frente, pondo água no tanque de gasolina. Ele simplesmente permanece parado.
Talvez eles se tenham esquecido de nos dar o manual de instruções para o fenómeno que somos, logo que chegamos a este mundo.
Apesar desse manual de instruções não ser tangível, ele está ai, dentro de cada um de nós.
Ele tem-nos lembrado várias vezes sobre a sua existência. Como, nos grandes momentos das nossas vidas, quando temos aquela sensação de crescimento interior e felicidade que durou mais tempo do que o normal e que aconteceu quando fizemos algo pelos outros sem expectativas de retorno, nem mesmo tivemos louvor ou prémio. Quando o outro se tornou tão importante como nós mesmos, ou até mais importante, como quando alguém arrisca a sua própria vida para salvar a vida de outra de se afogar.
Foi quando sentimos a unicidade entre nós (o que temos em comum), quando sentimos o humano neles e em nós mesmos
Então vamos ao encontro da solução, afastemo-nos desse caminho sem sentido que temos estado a trilhar. Vamos, primeiramente, afastar essa ilusão de que somos todos diferentes e separados uns dos outros.
Vamos tentar sentir o humano em nós e nos outros.
(EXPERIÊNCIA DO HUMANO)
Então, o que mais precisaríamos fazer para nos sentirmos completos?
Outra vez, o nosso manual é muito específico sobre isso
Se nos recordarmos dos momentos em que nos sentimos fantásticos, cheios de paz, força e alegria, foi provavelmente quando tivemos fé em nós mesmos, nos outros e no futuro. Quando o futuro estava completamente aberto, cheio de possibilidades excitantes.
E o que aconteceu nos piores momentos? Tivemos dúvidas sobre nós mesmos, sobre os outros mesmo da própria vida. Foi quando a vida nos pareceu cruel e obscura, quando o futuro nos pareceu estar fechado
Então, não é evidente que temos que manter o portão do futuro aberto?
É, mo entanto, difícil visualizar um futuro interminável para o nosso corpo (físico) e tudo o que se relaciona com ele, porque um dia o nosso corpo vai deixar de funcionar, vai parar completamente.
Mas, afortunadamente, há algo mais dentro de nós que tem a possibilidade de continuação, algo que talvez seja o que realmente somos
Isso é algo que já experimentaste. Talvez naquele breve momento em que te sentiste conectado com tudo. Ou quando te sentiste muito diferente do teu ser normal ou quando disseste algo que te fez pensar: “de onde isso veio? “
Ou talvez foi quando estavas super feliz e grato ou sentiste a presença de alguma energia ou força que pensaste ser algo fora de ti, quando na verdade era aquela bela parte de ti expressando-se, relembrando-te sobre o que realmente importa
Então voltaste ao teu ser normal, segurando-te, não te permitindo avançar por causa de algum medo
Vamos agora ver se conseguimos experimentar um caminho diferente, um caminho sem medo, que esteja conectado àquela parte de nós que pode continuar. Vamos ver como seria no futuro se conseguíssemos ultrapassar aquele medo e nos conectássemos a um interminável futuro aberto
(Experiência)
Alguém poderia perguntar: “se eu decidir seguir por esse caminho cheio de sentido, isso significaria que teria que desistir dos meus objectivos, do prazer da vida? Teria que desistir da luta por um bom rendimento, amor verdadeiro ou um corpo forte e saudável?”
Não de todo, mas seria mais inteligente colocar essas coisas nos seus respectivos lugares, não no controle das nossas vidas. Que sejam agradáveis companheiros de viagem, mas não no assento do condutor. Esse assento está reservado para algo mais permanente e significativo
Falando outra vez, honestamente, de coração para coração, queres, realmente continuar pelo mesmo caminho que vens trilhando até agora, um caminho que sabes pela tua própria experiência e pela observação de outros que somente encontrarás o mesmo sentimento de insatisfação? Ou queres ser livre e fazer aquele (a) maravilhoso (a) “TU“ crescer e florir?
Não há nada de errado em continuares no mesmo caminho de sempre. Ninguém te vai punir e não há um inferno que te espera, porque isso simplesmente não existe.
Continuando no mesmo caminho tu iras indubitavelmente contribuir para o processo humano, como milhares tem feito, mas irás, de certeza, continuar a sofrer se o medo e a ilusão continuarem no assento do condutor da tua vida
Tu podes agora dizer: „Eu quero ser livre. Quero me sentir satisfeito. Quero ter o meu futuro completamente aberto…mas como posso fazer isso?”
Bem, talvez hajam muitas formas de o fazer, mas antes de tudo tu deves decidir que já está na hora de fazer algo diferente e efectivo
Então provavelmente precisarias de alguns métodos ou procedimentos para fazer isso e então precisarias praticar o que tiveres aprendido, como acontece com tudo em que pretendes ser bom ou mestre
Eu posso te falar de um método que sei que funciona. Um método ou caminho que consiste de 6 retiros acompanhados por 8 manuais, 8 livros. Um método que está agora sendo praticado em vários países, sendo Moçambique um deles
Tu não sabes se esse método funciona ou não, mas sabes que o que tens feito até aqui não tem funcionado. Podes intuir que este método provavelmente funcione, mas não terás a certeza até que o experimentes por ti mesmo
Tens sorte, porque no próximo Sábado, neste mesmo lugar, acontecerá o retiro numero 1. Se quiseres participar nele, fale com os organizadores deste evento, registe-se e comece uma vida cheia de significado em poucos dias
Meus amigos, agora vocês têm a escolha de continuarem sendo enganados ou decidir seguir o que o vosso manual interno diz que deve ser a prioridade das vossas vidas.
Talvez faças isso por respeito a ti mesmo e pelas possibilidades que o processo oferece, mas talvez também porque queres ver uma sociedade diferente, intuindo que se muitos estiverem livres do medo, e com uma forte direcção nas suas vidas, não demorará muito até que hajam consequências positivas sociais
Aqui, neste Pais, e neste momento, vocês também têm os meios para tornar os vossos mais profundos sonhos realidades
Obrigado por estarem aqui, obrigado por permitirem que partilhe convosco o que realmente importa
Evento público. Maputo, 24 de Abril, 2014
“UM MUNDO NOVO“
Dentro de cada um de nós, bem no fundo, intuímos que algo novo está por acontecer, que está por surgir um mundo novo.
Talvez não sabemos como será, nem exactamente como chegar até lá. Mas com certeza não será como o mundo de hoje, com a sua violência, discriminação, desigualdades, exploração e ênfase em secundariedades, em assuntos e acções que realmente não tornam ninguém feliz.
Intuímos também que a nossa vida individual vai ser distinta, nova.
Não sabemos como será exactamente nem como chegar a essa existência nova, mas com certeza não será como a existência individual de hoje, com os seus sofrimentos, temores, com uma sensação de estar preso numa rotina, com uma sensação básica de desconfiança, de uma certa insegurança, sim, com breves momentos de alegria, satisfação, mas sempre com a sensação de que algo falta, tenhamos muito ou pouco de objectos, relações ou status.
Intuimos que talvez isto de ir para este mundo novo, para uma nova vida individual, seja o mais importante que podemos fazer. Intuímos isso, ainda que actualmente nosso pensamento e acção dirige-se ao que nem produz a paz, nem a alegria ou a força que todos buscamos.
Portanto, falemos hoje disto que nos importa mais que qualquer outra coisa, falemos deste mundo novo e como chegar aí.
Certo, não sabemos exactamente como será este mundo mas seguramente terá algo que experimentamos nos melhores momentos das nossas vidas, como indivíduos e como conjuntos. Momentos de muita alegria, tranquilidade, sentindo solidariedade, fé em nós mesmos, nos outros, na vida. Momentos quando não sentiamos nenhum temor e uma sensação de encaixar bem na existência.
Momentos belos, significativos.
O tema é se podemos fazer algo para que estes momentos sejam mais permanentes, e, se alcançamos isto, então vamos em direcção a este mundo novo.
E como se vai criar este mundo? Irá aparecer de repente, ou será criado e apresentado por algum ser especial, ou seres excepcionais?
Não, este mundo constrói-se. E quem o fará? Tu e eu.
Se te perguntas, como posso eu acreditar, ou melhor, ter fé de que eu sou um elemento importante para a criação deste mundo? Eu, que sou uma pessoa simples, com suas preocupações e limitações, com poucas possibilidades de influenciar para onde vamos, eu que sou somente mais um número entre milhões e milhões?
Tu não és mais um número, dentro de ti existe um ser incrívelmente sábio e bom, esperando o momento de romper as correntes e expressar-se com uma força tão potente que nada irá impedir o seu avance…
Isto irá ocorrer quando te sintas pronto para tomar uma nova direcção na tua vida e fazer algo concreto para que vás nessa direcção. Quando também sintas um desejo de fazer algo para outros.
Capaz que o sintas agora e gostarias de dar o teu aporte para que se realize um projecto grande como este de construir um mundo novo.
Capaz que sintas agora, também, um desejo de elevar o teu nível de consciência, de dar-te conta da tua existência, como agora, dando-te conta que me estás a olhar e a escutar, enquanto eu me dou conta que estou falando e movendo as mãos. Isto de nos darmos conta disto agora, eleva o nosso nível de consciência, e assim estamos mais despertos.
E assim mais despertos sentimos que existe algo que nos une, algo comum por detrás das aparências pessoais.
Capaz que sentimos agora esta força que co-vibra entre nós e sentimos o humano em nós mesmos e nos outros.
Capaz que até sentimos a presença deste algo verdadeiro, que está aqui e agora, e para sempre.
Capaz que agora queremos que este momento se mantenha.
E como tu e eu sentimos que já é hora de colocar nossas forças nessa direcção, assim o sentem também milhões na nossa casa, na nossa Terra, neste mesmo instante.
Assim como sentimos agora, existem outros nos nossos meios imediatos que sentem o mesmo ainda que talvez acreditemos que são muito poucos os que sentem a necessidade de mudança e que também estejam dispostos a fazer o que nós vamos fazer.
Quando estas forças unirem-se com a intenção de trabalhar sustidamente para criar um mundo novo, então este processo de mudanças avançará com uma força acelerada.
Aquele mundo será uma realidade quando estas forças unirem-se em toda a Terra e isto já está em marcha fortemente e nada vai impedir o seu avance.
E porquê esta mudança vai acontecer agora e não antes? Talvez porque já chegou a hora.
Não sabemos se este mundo novo estará em pé em poucos anos ou aparecerá na vida das próximas gerações, o esforço de construir este mundo, para nós, para os outros humanos neste momento e para os que virão, este esforço nos põe em contacto com a nossa Missão nesta vida.
E tudo isso fará com que finalmente nossa vida se direccione para o que sempre quisemos.
Amigos, amigas vos deixo com as palavras de um grande sábio, de um grande homem, de um amigo muito querido, o fundador do humanismo universal, Silo.
“Não és um bólido fugaz que perdeu o seu brilho ao tocar esta terra, senão uma brilhante seta que voa até aos céus. És o sentido do mundo e quando aclaras o teu sentido iluminas a terra“
Muito obrigado por este momento especial.
Palestra, 10 de Julho de 2014, Maputo
Dizem que vem do Futuro… será certo?
Desde o futuro se enviou um sinal. Tu o captaste e por isso estás aqui agora.
Tu já suspeitavas que em pouco tempo algo iria passar para que se construísse um mundo novo, tanto fora de ti como em teu interior.
Também intuiste que esse algo novo teria que vir do futuro e não do passado. E assim sentiste este vento do futuro, soprando, estados sensações e ideias de como será este mundo novo. Um ar fresco, distinto ao que conheceste.
Mas, desde donde no futuro vem este impulso, esta promessa dum mundo novo?
Vem de ti mesmo, deste ser no futuro que és tu, chamando-te a ti, aqui.
Os construtores deste mundo vem do futuro, é certo, mas estão também aqui… São todos vocês, além neste futuro maravilhoso.
Vocês são os construtores que na trajectória de ir para lá, viram claramente a imagem final, como será este mundo novo, e como se sentiram quando já se havia terminado a construção do mundo externo e também, simultaneamente, do mundo interno de cada um.
Tiveram muito claro para onde íam, e utilizaram um plano detalhado para chegar até lá, conhecendo o ncecessário sobre a construção, utilizando os métodos, as técnicas e ferramentas para que este grande projecto se pusesse de pé, e claro, trabalhando sustidamente até que tudo se completasse.
Dentro de cada um de vocês existe um ser forte, que no futuro, no mundo novo, será livre.
Este „tu“ do futuro te chama a ti, agora, para que rompas as correntes e te deixes voar para esse reencontro.
E este ser do futuro, este ser livre, diz-te que não te esqueças de ajudar a outros a romper as suas correntes. Porque estão conectados entre vocês e, somente assim, juntos, se pode construir um mundo novo, tanto fora de ti como em teu interior, porque ainda aí, o outro tem muito que ver contigo.
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E se perguntas como se faz tudo isto, então escutarás a voz de ti próprio do futuro, que diz, larga-te para algo que tem ar deste mundo novo. Ali diz, encontrarás os conhecimentos, ferramentas e experiências para chegar até aqui.
Abre o teu coração e mente e sente, sente esta grande força em ti.
Sente o humano em ti e nos outros.
Espero que estejas num momento especial da tua vida em que realmente queres fazer o possível para criar este mundo novo. Assim, não te parecerá estranho nem te ofenderás se te recomendo colocar ênfase em poucas mas importantes coisas para chegar ali, a esse mundo desejado. Isto seria pôr ênfase em cultivar o que és essencialmente, um ser humano forte bom e sábio… este ser que já está em ti, agora, e será para sempre. Assim, terás sempre o teu futuro completamente aberto.
Para além de ajudar verdadeiramente a outros, enquanto vais saindo de vez em quando do teu mundo pessoal e isolado, abrindo-te a outro, e de vez em quando fazes algo para outro, as vezes colocando o outro adiante de ti, que outras vezes tenha prioridade e nem sempre tu… E assim, não estaria nada mal estar cada vez mais consciente de que existes, dando-te conta do que estás fazendo cada vez mais. Observando o que fazes e observando como tu crias a tua própria realidade.
Assim, cada vez mais desperto, cada vez mais conectado com outros, cada vez mais alegre e conectado com o teu sentido, com a tua direcção, assim chegaste aqui, a este mundo novo, onde não há violência nem discriminação, um mundo humano. Um mundo que se pôs de pé quando havia um número suficiente, como tu, que escutaram a voz do futuro e como tu, tomaram a responsabilidade de construí-lo.
Um mundo cheio de indivíduos como tu, livres e alegres, sem temores, sem sofrimento. Sentindo-se fantásticos, sem freios, encaixando bem nesta existência tridimensional e também conectados com a outra dimensão.
Neste mundo novo existem muitos individuos como tu que trabalharam sustidamente para estar livres e com sentido, utilizando conhecimentos novos e ferramentas eficazes. Em seu momento buscando estes novos enfoques entre aqueles inspirados, que podiam transmitir a experiência de como chegar até aqui, a este futuro…
E como lhes encontraste? Aconteceu quando te deixaste ir, confiando com fé, quando a tua busca era sincera e a tua disposição tal que realmente querias este mundo novo, era justamente nesse momento… E então facilmente encontraste o que estavas buscando.
Muito obrigado Evento Maputo 3 de Setembro 2014
“NÃO HÁ BARREIRAS”
Apenas um caminho desimpedido…
Nós quisemos e ainda queremos ser felizes, livres, com muita força e alegria, e com desejo de ter um sentido forte na nossa vida.
Também quisemos e ainda queremos viver num mundo humano – sem violência, respeitando o outro, com um trato humano. Um mundo onde o indivíduo sinta-se seguro, um mundo sem exploração, sem grandes diferenças entre os ricos e os pobres.
Não obstante os nossos fortes desejos, o mundo não é assim. E porque não? Porque não se pode ou porque cremos que não se pode?
Será que a única forma de evitar os roubos e os assaltos nas grandes cidades como Maputo, é com mais cadeias, com mais agentes de segurança, com mais grades, com mais polícias? E ainda assim os roubos, os assaltos e a insegurança do cidadão persistem.
Será possível evitar isso de outra maneira, mudar de atitude, respeitar um ao outro, e então, ser como Tóquio, onde não se trancam os edifícios, nem os apartamentos, nem os carros? Será que a violência é a única forma de combater a violência, ou será possível combatê-la com a não violência activa, como Gandhi fez na índia, Martin Luther King nos Estados Unidos, Mandela na África de Sul, e todos os grandes protestos nos últimos anos onde o lema tem sido: “lutar contra o sistema corrupto e violento mas sem violência”.
O mundo é como é, com suas desigualdades e violência, porque se crê que assim é e assim será. Os políticos corruptos que dirigem um país ou outro não são os únicos culpados, são os povos que votam neles.
Podemos ter outro mundo? Claro que sim!!
Quando nos dermos conta que o mundo é assim porque pusemos algumas barreiras ficticiosas no caminho para a liberdade. Barreiras como “isto é difícil de mudar”; “sempre foi assim”; ”eles tem muito poder, nós nenhum”.
Não há barreiras, apenas um caminho desimpedido.
Sim, é possível que tenhamos que nos lembrar desta possibilidade e também assegurar que assim seja em todo o planeta.
E nós, cada um de nós, o quê? Porque não estamos quase sempre felizes e alegres?
Será porque isto é impossível ou porque existem muitas crenças ou muitas barreiras que aparentemente impedem que assim seja.
Tu queres ser feliz, e porque não és sempre? Ahm, porque isto não se pode. Alguém não pode ser sempre feliz, também sofre.
Será certo? Ou será que nós próprios criamos todo o sofrimento.
Se assim for te digo, livra-te desta barreira.
E por aqui haverão outros que dizem que não tem tempo para atender à sua felicidade e sentido da vida, tem obrigações, adiando o que lhes importa realmente. No fundo é o temor que lhes mantém acorrentados – um temor vaporoso que também é irreal. Por isso, livra-te desse temor e levanta a barreira.
E é certo que muitos sentem um grande impedimento em avançar com liberdade porque sentem-se como uma espécie de escravos voluntários (selfmade slave) acorrentados ao consumo, ou melhor, ao desejo de consumo de coisas que não necessitam.
Será possível que não tenhamos que esperar um momento especial para sentir felicidade. Podemos sentir a felicidade agora mesmo, indo-nos um pouqinho mais para dentro de nós mesmos. Os que sabem fazer isto podem fazê-lo rapidito, os outros podem aproximar-se à melhor parte sua, ao que são verdadeiramente.
E se queremos ir mais além, por exemplo ter um futuro sempre aberto, não ter nenhum temor, inclusive o de perder tudo, i.é, o temor de morrer – se quisermos ter a experiência da imortalidade, aí surgirão muitas auto-censuras ilusórias.
Como , “eu não posso fazer isto, ninguém o fez salvo Jesus”. “Se tento fazer isto, algo terrível irá acontecer, por exemplo atiram-me ao inferno”. Bom, isto de certeza não irá acontecer porque o inferno não existe.
Ou então “isto não será bem visto por deus”, bom, um deus do universo, suponho, terá outras coisas que se preocupar. Mas sim, um deus interno ou melhor, um guia interno, veria muito bem esta nossa intenção porque, para dizer a verdade, tu e eu estamos feitos para funcionar bem e funcionar bem significa funcionar sem temor, e isto ocorrerá quando não existirem barreiras no caminho para a transcendência.
Afortunadamente esta barreira está na nossa própria mente, não existe. Há só um caminho aberto que nos convida a avançar nele.
Amigos, amigas, parece que a nossa missão, a minha, a tua, nesta existência tridimensional que chamamos “a vida na Terra” é relativamente simples: ter a certeza por experiência da nossa imortalidade e também fazer a nossa parte para que o nosso lar, a nossa terra, seja um lugar cálidamente humano.
Sim, poderás dizer, mas eu, um ser insignificante, entre as milhares de milhões, como vou influenciar o destino na Terra?
Dentro de ti reside um ser forte, bondoso e muito inteligente, do qual já tiveste experiência nesses momentos quando te sentias uno com o todo, ou sentiste algo novo e belo.
Quando tu estiveres mais frequentemente conectado com o teu ser, e quando já não tiveres temor, serás como uma força da natureza que não encontra nenhuma resistência no teu caminho.
Quando centenas de seres sem temor como tu lançarem-se aos diferentes cantos da terra para compartilhar o visto e o experimentado com outros, aí sim começará com força a construção de algo desejado por tantos séculos.
Não há barreiras reais, nem para a construção deste mundo desejado, nem para que tu possas ser o que sempre quiseste.
Seguramente terás de conhecer algumas ferramentas e experiências por parte daqueles que já estão nesse caminho desimpedido para a liberdade.
Tu agora estás frente a uma escolha muito especial se assim o quiseres ver: escolhes o que te parece verdadeiro porque queres ser feliz e livre agora e, sim, imortal, ou então continuas acreditando nas barreiras, nas limitações.
Faz o que quiseres, nada mal te passará quando escolheres uma via ou outra.
Mas como um ser humano falando a outro te digo, lança-te agora, sente a liberdade que há em ti, permite-te sentir este caminho desimpedido, onde não há barreiras.
Muito obrigado!
Palestra, Maputo, 06 de Novembro de 2014
Lets do it!!!
Podemos e vamos fazê-lo
Todos sabemos que existe uma necessidade drástica de mudança no mundo. A violência, a discriminação, as desigualdades económicas; isto não poderá continuar por muito mais tempo.
Há necessidade duma nova e fresca abordagem. Precisamos construir um novo mundo.
Mas, quem serão os construtores? Talvez alguma gente excepcional, figuras religiosas, os espíritos ou talvez algum extraterrestre?
Não. Será gente normal, como tu e eu.
Realmente? Poderei eu fazer algo?
Sim, porque tens tudo o que precisas para fazê-lo. Tudo o que necessitas é retirar a censura auto-imposta que te impede que sequer penses que sejas capaz de fazê-lo, e ainda menos que és um ser poderoso, importante não apenas para ti próprio e para o meio que te rodeia, mas também para aqueles que precisam da tua ajuda; aqueles que precisam duma mão orientadora, que esperam por algo que sim funcione. Algo que possa mudar tanto o seu meio social, como a sua situação pessoal.
Ajudá-los, a essas outras partes de ti, e juntos configurando esse corpo único que chamamos “Humanidade”.
Dá-te a liberdade de pensar livremente, de ser livre, de ser o que és realmente, mais próximo do teu centro e verás que realmente não existem barreiras para impedir-te de ser o que tu és. Não há nada que nos impede de construir um mundo mais humano que todos nós aspiramos.
Sabemos que isso apenas acontecerá quando um conjunto suficiente de pessoas modifiquem a sua atitude mental, percam todo o medo, sintam uma rejeição visceral por todo o tipo de violência. Ao invés, sentirão uma grande solidariedade com outros na medida em que juntos voemos em direcção a esse belo futuro.
Temos o conhecimento, e as ferramentas para construir esse mundo.
E não há dúvida na nossa mente que iremos ajudar a materializar essa tão longa aspiração da humanidade.
Portanto, vamos fazê-lo!!
Já não há tempo a perder.
Todos os aqui presentes aspiram indubitavelmente a uma vida sem medo e insegurança. Sentir-se livres, felizes, energéticos e em paz. E até mesmo chegar a ter a certeza de continuidade.
Tudo isso é possível porque fomos feitos para funcionar bem, e para funcionar bem significa todas essas grandes coisas, viver uma vida sem sofrimento.
Nada disso acontecerá automáticamente.
Precisamos dedicar tempo e energia para que aconteça. E precisamos também do conhecimento certo e das ferramentas adequadas nas nossas mãos.
Precisamos também contribuir para a construção dum novo mundo porque não existe tal coisa como o desenvolvimento espiritual egocêntrico.
Cada um de nós contribuindo do melhor modo possível, mas todos fazendo algo.
Precisamos construtores dedicados, muitas, muitas pessoas que chegaram ao ponto nas suas vidas que estão prontas para dedicar tempo e a energia necessária para realizar as mudanças necessárias, pessoais e sociais.
Outros compreendem a necessidade de dedicação, mas ainda não se sentem prontos para dar o salto.
Também eles podem ajudar encontrando a quem esteja pronto, ajudando a encontrar esses construtores dedicados, que existem por todo lado.
Todos eles compreendem a necessidade de mudanças drásticas. Eles compreendem que os métodos e as ideias usados até aqui não têm funcionado, de outro modo teríamos um mundo diferente.
Sabem que algo novo deve ser utilizado.
Intuem que as pessoas dos Amigos da Vida podem ser este fenómeno que sim funciona, talvez porque sentem que a sua mensagem não vem do passado, e nem do presente. Sentem que vêm do futuro que nos chama nessa Direcção. Desse futuro maravilhosamente humano, cheio de gente feliz e destemida.
Enquanto o mundo continua com os seus problemas, começamos a construir um mundo novo. Enfocando-nos nisso, não nos problemas de ontem ou de hoje.
Enquanto nos enfocamos nesse belo futuro para ti e para outros, o teu presente se tornará mais fácil, e a luz brilhante dum futuro luminoso irá despegar um raio em direcção ao teu passado, iluminando-o e integrando-o na tua vida, de modo que te sintas em paz, e até mesmo agradecido.
Portanto, tratemos de terminar o que precisa ser feito aqui em Moçambique e em alguns outros países.
E então, quando já existam um número suficiente de indivíduos que tenham passado, por experiência, pelo estado interior no qual o medo já não existe, então partirão em direcção a muitos países, dando a outros a mesma oportunidade que eles aqui tiveram.
Depois que este processo “Futuro Aberto” esteja concluído nesses numerosos países, então um número considerável de pessoas sem medo em tais lugares, irão por sua vez para o mundo, cobrindo o resto desta nossa casa, o planeta Terra.
Isto será feito em 4 a 5 anos.
Um tempo muito curto para transformar a humanidade. Difícil de acreditar que pode acontecer assim, sem mais. Parece quase irrealístico, quase impossível. É verdade, mas já não temos muito tempo.
Além disso, podemos fazê-lo e o faremos em pouco tempo.
Sim, o mundo é hoje um lugar perigoso, mas ao mesmo tempo mais e mais pessoas sentem a necessidade de mudanças drásticas.
Portanto, let´s just do it…podemos…e vamos fazê-lo.
Obrigado!!
Palestra 14 de Janeiro 2014
“Avançando”
È maravilhoso estar aqui com pessoas que querem fazer coisas connosco, para o melhoramento das suas próprias vidas, e da vida dos outros.
Alguns já estão envolvidos nas nossas actividades, outros estão aqui pela primeira vez e provavelmente gostariam de ver em que tipo de actividade sentem que podem encaixar-se melhor.
Iremos então ver se é possível termos uma imagem clara do que estamos a fazer para que nossas acções sejam eficientes.
Acções que sejam eficazes tanto a nível individual como para a sociedade.
Esperançosamente isto será útil para cada um no seu esforço de melhorar a si próprio, e de partilhar o conhecimento e a experiência com outros, enquanto juntos construímos um mundo melhor.
Como tu bem sabes, o Grande objectivo do nosso Processo é que a nível individual estejamos sem medos, com o futuro aberto, que é o mesmo que tornar-se imortal.
Não existe nada de novo nesse objectivo. A única novidade é que nós pretendemos fazer com que isso aconteça.
Porque somos capazes de fazê-lo agora? Porque agora temos o conhecimento e a experiência, que podem ser encontrados nos 8 livros e 6 retiros do Processo. E também pode ser encontrado nos corações e mentes de todos aqueles que estão envolvidos neste Processo.
Este antigo e magnífico objectivo será concetizado agora porque existe uma necessidade de que tal aconteça.
A situação social no mundo não será solucionada a não ser que aconteça uma mudança na mente, nas atitudes, e prioridades.
Nós precisamos da não violência em vez da violência e isso só será possível se a raíz da violência, que é o medo, for removido. Não em uma pessoa, mas em milhares e centenas de milhares de pessoas no planeta que poderão então influenciar toda a sociedade, tornando-a não violenta.
Não existe nada de novo nos nossos objectivos a nível individual: ser livre, feliz, cheios de paz, de força e de alegria. Excepto que nós sabemos como fazer isso.
Talvez o que seja novo é quando dizemos que todo o sofrimento é uma ilusão e que sabemos como superá-lo.
Podes ter dificuldades em compreender isso, mas tu vais compreender, tu vais, porque não existe necessidade de sofrer, não tem nenhuma utilidade. O sofrimento é criado nas nossas mentes, então nós podemos des-criá-lo. Leva algum tempo, requer um pequeno esforço mas vale a pena fazê-lo porque é muito mais divertido não sofrer.
Não existe nada de novo nos nossos objectivos sociais, como solidariedade, igualdade, segurança e direitos humanos. Nós dizemos que tudo isso é parte integral daquilo que chamaríamos um mundo humano.
Mas este mundo não irá acontecer a não ser que muitos cuidem dos outros. Como se estivessem a cuidar de si mesmos. Não em teoria, mas na prática.
Nós sabemos como fazer isso e devemos avançar com grande força, porque francamente falando, a situação actual no mundo não é muito prometedora.
Alguém me perguntou porque dizemos que só temos 4 ou 5 anos. É baseado em algum cálculo, previsão ou intuição, perguntou ele.
Bem, eu disse, parece que nós não somos os únicos a afirmar isso.
Talvez seja só uma intuição.
O que está claro é que o nosso projecto, o nosso Processo, estará em todos lugares da nossa casa, o nosso Planeta em 4-5 anos.
Todos nós aqui temos uma coisa em comum, queremos mudar a nós mesmos e queremos mudar o mundo.
Este é um projecto excitante e que vale a pena fazê-lo.
Um projecto ambicioso, mas que irá funcionar.
Mas nada disto irá acontecer a não ser que haja uma mudança drástica de Direcção dos indivíduos e da sociedade.
A sociedade não irá mudar a não ser que a sua direcção actual mude. Esta que agora dá prioridade para poder, fama e dinheiro.
Em vez disso, terá que ser uma direcção em que o bem estar de cada indivíduo, de cada ser humano, é uma prioridade.
Mas o ambiente social não irá mudar a não ser que aconteça uma mudança na direcção de vida dos indivíduos .
A maioria das pessoas passa a sua vida colocando toda a sua energia em coisas secundárias que não trazem realmente nenhuma satisfação. Em vez disso sentem sempre que falta algo.
Então, parece que será de interesse ter uma direcção mais firme e permanente.
No livro “ O que importa Realmente” é dito que podemos encontrar essa direcção examinando a nossa própria vida, vendo o que temos tentando fazer todo o tempo.
Parece que temos tentado fazer com que o nosso futuro permaneça completamente aberto, ou, dito de outra forma, ser imortal.
Também temos tentado repetidamente ter aquele sentimento que tivemos quando fizemos algo por outros sem esperar nada em troca, criando então actos que continuaram e continuaram, de um indivíduo para o outro. Nós criámos acções imortais.
Finalmente, parece que tentamos estar mais despertos, mais alerta, começando a usar os 92% do nosso cérebro que estão ai a espera do “ vai em frente” para poderem-se manifestar.
Nossa direcção permanente é a mesma para todos seres humanos: ser imortal, criar acções imortais, e estar mais desperto.
Vamos então experimentar um dos 3 componentes da Direcção, as acções imortais.
Vamos experimentar como é sentir o Humano em outros e em nós mesmos.
(Experiência de Sentir o Humano)
Alguém poderia dizer que os nossos objectivos não são apenas individuais e sociais, mas também espirituais.
É claro que são!
O que poderia ser mais espiritual do que ser Imortal? De ter a certeza de uma existência que continua por experiência?
Não existe nada novo nesse objectivo. Mas antes, no entanto, era, na melhor das hipóteses, reservado a alguns indivíduos especais, e muitas vezes como um sonho.
Agora nós estamos a dizer “ Nós vamos fazê-lo e não só para alguns, mas sim para todos aqueles que quiserem”. Todos querem e todos nós podemos experimentar essa certeza se quisermos, porque agora nós sabemos como chegar a ter esta experiência.
O que poderia ser mais espiritual que tocar o humano no outro, tocar a alma?
Então, como vês, nós temos objectivos muito claros.
Para nós como indivíduos é “funcionar melhor”, não sofrer, em vez disso ser feliz, livre e cheio de vida.
Para a sociedade, é ter um ambiente acolhedor para a existência humana.
E espiritualmente, realmente fazer aquilo que todos sonhamos, ter a certeza que iremos continuar, sentirmo-nos conectados com a parte mais profunda de nós mesmos e dos outros, e sim, com o centro irradiante da própria existência.
Sem dúvida, todos aqui encontrarão um lugar em que se sintam confortáveis neste Grande Projecto. Alguns querem imediatamente levar a força liberadora dos Amigos da Vida para os seus bairros, escolas, lugares de trabalho ou alguma organização em que estiverem envolvidos.
Outros talvez querem imediatamente dedicar tempo e esforço para que este grande objectivo seja realizado, mas gostariam de fazer parte de alguma coisa que já avança com força, como fazer parte da equipe base.
Finalmente, tem aqueles que entendem a necessidade de mudanças, para eles próprios, para outros, e que compreendem que isso não irá acontecer por simples magia, que algo de concreto e sustentável tem que ser feito. Mas por alguma razão não estão prontos para dedicar o tempo e o esforço necessário para que tal aconteça. Ainda assim, querem dar a sua contribuição para que um novo mundo seja construído.
Estes poderão fazer isso encontrando outros que poderão dar o seu máximo, nesse esforço. Ao fazer isso, eles contribuirão enormemente para a construção de um mundo que eles gostariam de viver e que é adequado para os seus filhos, e para os filhos dos seus filhos.
Aqueles que querem fazer a diferença com este tipo de acções nós chamamos de Simpatizantes Activos.
Nós iremos avançar com grande força, aqui e em outros países, porque dentro de nós reside uma poderosa força, uma fé profunda que é o oposto do medo.
Quando correctamente direcionada, e quando os pensamentos, os sentimentos e as acções actuam em harmonia, quando o destino é claro, esta força é tão forte que até os espíritos mantém a paz, sabendo que nada pode interferir no caminho de um homem sem temor ou de uma mulher sem temor.
Obrigado !!
Maputo, 19 de Março, 2015
“ACELERANDO”
Amigos, Amigas. Boa tarde
Esta é uma reunião de activistas e potenciais activistas.
Todos já conhecemos os objectivos: tornarmo-nos imortais dentro de um ano e levar esta possibilidade para o resto da humanidade nos próximos 5 anos.
Para realizar estes objectivos precisamos sincronizar as nossas possibilidades com aquilo que é necessário.
Para que isso aconteça, precisamos acelerar, porque o mundo está mais acelerado do que nós.
Se tem dito que o mundo está a mudar rapidamente, que a tecnologia cresce exponencialmente e que o mundo está hoje ao alcance dum click.
Algumas coisas, como a tecnologia e o conhecimento, se desenvolvem a uma velocidade crescente. Mas socialmente muitas coisas estão bloqueadas, mais ou menos como sempre foram.
Ainda temos guerras. Armas e exércitos ainda são aceites como se fossem normais.
Ainda não somos tolerantes e respeitosos com os outros. Protegemos aquilo que é nosso, e por isso 1% das pessoas no mundo são donas de todo o resto.
E isso acontece não porque são muito inteligentes, mas porque o resto das pessoas assim o permite.
Individualmente, ainda não sabemos como pôr a funcionar a nossa própria máquina, mesmo que coloquemos a funcionar tudo o resto.
O nosso sistema operativo, o nosso nível de consciência, está muito desactualizado, funcionando como se estivéssemos a sonhar acordados, sem consciência que a realidade que vemos, escutamos e sentimos é criada por nós. Não existe fora de nós.
Ao invés, acreditamos em qualquer coisa, por exemplo, que o sofrimento é inevitável, ou que seremos felizes perseguindo uma ilusão atrás de outra.
Todos sabemos que nada está parado. Ou avançamos ou retrocedemos, ou a humanidade dá um salto evolutivo ou simplesmente retornamos à Idade Média.
Por isso temos que desenvolver-nos rapidamente, individualmente e socialmente.
O nosso objectivo de tornarmo-nos imortais é um tanto ambicioso. Muitos já desejaram alcançar isso ao longo dos séculos. Tentar isso em apenas um ano e pretender que as massas também cheguem lá…isso é inédito!
Alguns podem queixar-se de que “vamos demasiado rápido”. E que essa é uma aspiração para uma vida inteira.
Nós dizemos que não acontecerá se não dermos tudo para isso, a não ser que levantemos vôo dentro de nós.
Tudo dentro de nós está preparado para a “ordem” de desengatar o travão. Portanto, tratemos de voar a um estado mental mais inteligente, no qual temos a sensação de segurança porque “sabemos”, ao contrário de estarmos acorrentados a sentimentos fantasiosos que temos quando acreditamos nisto ou naquilo.
Tratemos de voar aos céus e ter essa maravilhosa experiência de certeza, de perder todos os medos, e deixarmos de ser marionetes arrastadas numa e noutra direcção, fugindo do medo ou tentando compensar com todo o tipo de coisas – pessoas, poder, dinheiro – que não nos libertam do controle do medo, que não nos libertam dessas ataduras a que estamos sujeitos.
Tu e Eu sabemos disso. E aceleraremos para alcançar os nossos objectivos num curto tempo.
Mas e os outros que nos rodeiam? Deveríamos dar-lhes a possibilidade de tirar esses travões desnecessários e de ajudar-lhes a lançarem-se ao futuro connosco. São humanos como nós e como tal também aspiram ser livres, felizes, fortes e conectados com outros, consigo mesmos, e com a vida.
Para serem capazes de fazer isso, tu e eu sabemos que o mais importante é colocar ênfase no primário, ou seja, que somos antes de tudo o resto, seres humanos, antes de sermos profissionais, familiares ou amigos. E como seres humanos, para que possamos funcionar bem, precisamos duma direcção clara. Tu e eu podemos já saber disso, mas não seria nada mau partilhar isso com outros.
Sim, precisamos acelerar para chegar rapidamente a outro nível de consciência, onde “o tempo não voa”, no qual estamos no nosso centro, e não a sermos varridos pelo vendaval em que o mundo está metido.
Somos parte deste corpo maravilhoso que é a humanidade, que teve os seus bons momentos e os seus momentos maus, mas que sempre está a mover-se para frente.
É imperativo que a nossa espécie evolua. Para que isso aconteça precisamos rapidamente soltar certas atitudes, comportamentos e valores que pertencem ao passado. Precisamos tratar-nos uns aos outros com respeito e carinho, como se o outro fosse tão importante como nós próprios.
Sempre foi saudável fazer isso. Viver sem violência foi sempre uma aspiração. Mas hoje é imprescindível.
Já não temos o luxo de poder esperar décadas, de estarmos conformados com as promessas de paz e dos direitos humanos. Precisamos hoje, e não amanhã.
Já não temos o luxo de poder sonhar em chegar um dia à terra do nunca, cada vez mais desconectados com o avanço da tecnologia, caindo no nosso próprio mundo de fantasias.
Sabemos que a chave para que a mudança evolutiva aconteça é que hajam muitos, muitos que tenham a experiência transcendental, que se tornem destemidos e que ajudem a outros a realizar o mesmo, que ajudem a outros a ser aquilo que somos realmente – humanos.
Mas o processo de nos tornarmos livres, felizes e muito centrados não é um passatempo que podemos encaixar com outras coisas. É justamente o oposto. Acomodamos as outras coisas em torno à Direcção. E, ou fazemos isso a todo vapor, ou nada irá acontecer, nem para nós, e nem para outros.
Estamos a viver um novo momento que, por um lado é algo perigoso se insistimos em gastar o nosso tempo em coisas secundárias, negando a nossa própria humanidade e a dos outros.
Felizmente, os ventos de mudança já sopram, e milhões e milhões de pessoas em todo o mundo já intuem que o que está equivocado é que não estamos a pôr atenção no que importa realmente, na Direcção da vida.
E há já um descrédito crescente das instituições, dos costumes e dos absolutos do passado. E isso é bom, porque essas formas nos acorrentavam. Já estavam viciadas, e não “pertencem” ao nosso mundo. Muitos, no entanto, estão incomodados porque tudo se move, já nada está estável.
Os mais jovens em todos lados não têm referências e estão ansiosos sobre o futuro incerto. As gerações mais antigas sofrem porque perderam a sua fé na possibilidade de mudança no actual sistema primitivo.
Portanto, tratemos rapidamente de chegar a estes milhões que esperam um sinal. Tratemos de dar claras referências aos mais jovens e tratemos de fazer reviver a fé no coração dos mais velhos, para que possam ver que a mudança é realmente possível.
Acima de tudo, sejamos um exemplo, tendo fé em nós mesmos, nos outros, e no futuro.
Estejamos optimistas, energéticos e inspirados no maravilhoso futuro que estamos a construir. Um futuro que já existe, e nos chama e nos sussurra: “apressem-se, assim podem rapidamente chegar a nosso destino”.
Tratemos de experimentar a Direcção que nos leva até lá.
Experiência
Maputo, 27 de Maio, 2015